terça-feira, 21 de abril de 2009

Desabrigados só voltarão para casa no final deste mês

O coronel Gilvan Vascocelos, chefe da Defesa Civil do Município, disse que as famílias que hoje se encontram em abrigos da prefeitura e do governo estadual deverão estar retornando às suas casas até o final deste mês. Ele explica que apesar da vazante do rio Acre, a terra continua muito molhada, o que dificulta o transporte da mobília e de outros objetos das famílias desabrigadas.

As doenças que chegam após a enchente tipo a leptospirose e até a febre tifóide já estão na mira da Defesa Civil. Tão logo comece a remoção das famílias, a Secretaria Municipal de Saúde irá distribuir kits de limpeza contendo vários produtos, inclusive o hipoclorito de sódio, que elimina vários tipos de vírus, inclusive aqueles contidos na urina do rato que é um grande transmissor da doença.

Gilvan disse que a Defesa Civil não está aceitando a doação de alimentos já preparados, tipo o sopão ou marmitex. Ele diz que existe um nutricionista que faz o cardápio dos alimentos, e que toda comida servida aos desabrigados é preparada em uma cozinha especial instalada no parque de exposição.

“Não estou duvidando da honestidade de quem tem a intenção de ajudar, mas corre um sério risco de no meio das doações vir algum tipo de comida infectado. Agradecemos a todos que querem ajudar, mas não podemos correr o risco de servir uma comida que possa vir causar algum tipo de infecção às pessoas que estão sob os nossos cuidados. Este momento é muito delicado e precisamos estar atento a tudo”, diz o coronel.

Gilvan disse que quem quiser fazer doações de cereais e outros tipos de alimentos que possam ser preparados na cozinha do parque, poderá se dirigir ao Corpo de Bombeiros ou à Defesa Civil, onde poderá deixar os alimentos.

O coronel disse ainda que houve reclamações por parte de pessoas que ficaram abrigadas em igrejas e outros locais. “Elas queriam que a prefeitura distribuísse sacolões em todos esses pontos, mas não podemos fazer isso porque montamos uma mega estrutura para poder atender bem. Então, no próprio instante que seja permitido essa proliferação de abrigos pode ficar complicado. Portanto, só iremos dar assistência a quem esteja nos abrigos montados pela prefeitura e pelo governo”, avisa.

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