terça-feira, 14 de abril de 2009

Seringueiros são vítimas de propaganda enganosa do governo, diz deputado


O deputado Mazinho Serafim (PSDB) disse, na tribuna, que falaria em nome de pessoas que moram na floresta e sobrevivem do extrativismo com as quais tem contato, pois são fornecedores de suas indústrias localizadas em Sena Madureira. Dirigindo-se ao líder do PT, Ney Amorim, ele afirmou que estas pessoas estão passando por dificuldades, pois foram vítimas de "propaganda enganosa" por parte do Governo.

Tal propaganda, disse Mazinho, induz os extrativistas a acreditarem que o governo está pagando subsídios que elevariam o preço da borracha para quase R$ 5,00 o quilo. Mas, de acordo com o deputado, o Governo do Estado não está pagando a sua parte, de R$ 1,40, segundo lei aprovada na Aleac no ano passado e paga apenas R$ 0,70, determinado por lei anterior.

"Em outubro do ano passado aprovamos lei elevando o subsídio de R$ 0,70 para R$ 1,40 mesma época em que aprovamos um empréstimo para o governo de R$ 150 milhões. Tenho certeza que os R$ 150 milhões já estão gastando, mas os subsídios ainda não chegaram, deve estar na gaveta de alguém", argumentou.

Segundo Mazinho, existem vários seringueiros desejando retornar à atividade extrativista, mas não encontram estímulo. "Vamos trazer dois mil seringueiros aqui e debater com eles. Vai ver que a realidade é diferente", declarou.

Mosquitos

O subsídio à borracha voltou a ser debatido por Mazinho Serafim no Grande Expediente. Segundo ele, alguém tem que pagar aos moradores da floresta para "levar mordida dos mosquitos". "O deputado Moisés Diniz conhece o sofrimento dos seringueiros. Tenho cobrado desde o início de meu mandato", declarou.

Segundo o deputado, sua indústria de borracha em Sena Madureira é a única que deu certo no Acre. "As madeireiras abrem e fecham. A fábrica de camisinha importa borracha da Bahia e perdeu 90 toneladas de borracha coagulada por falta de amônia", disse.

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